
Quando o assunto é cirurgia, não importa ela qual seja, uma
das maiores dúvidas não se prende ao ato em si, mas, sim,
ao tipo de anestesia que será usado e aos riscos e
repercussões orgânicas que esta pode significar. Assim uma
das frases mais ouvidas pelos cirurgiões é: "Não tenho medo
da cirurgia mas, sim, da anestesia". Dentre os motivos que
levam o paciente a temer a anestesia e o anestesista (seria
mais lógico temer aquele que corta e não o que tira a dor)
está o fato de que na maioria das vezes o paciente somente
conhece o anestesista ou na sala de cirurgia ou minutos
antes, no quarto, não havendo tempo para consolidar-se
um relacionamento médico-paciente que deve ser sustentado
pela confiança.
Esta situação já está mudando, pois inúmeros serviços de
cirurgia estão adotando o sistema de realizar as avaliações
pré-operatórias com o anestesista que irá atuar na cirurgia.
Tal conduta traz não apenas a maior confiança do paciente
para com o anestesista, diminuindo o medo pela cirurgia,
mas também aumenta em muito a segurança do ato cirúrgico-
anestésico, uma vez que foi o próprio anestesiologista
quem fez o exame clínico e solicitou a complementação
diagnóstica (exames de sangue, RX, eletrocardiograma etc).
De acordo com a necessidade de cada caso. Do ponto de
vista prático, tal procedimento diminui para zero o número
de cirurgias suspensas com o paciente já na mesa, assim
como diminui em muito o número de pacientes que, por medo
ou falta de informação, desistem de internar-se no dia da
cirurgia.
"Revista: CONTIGO, de Herbert Gauss Jr."
***Na próxima postagem, continuarei com o restante sobre:
"Tipos de anestesia".***
***Ana Maria Gonçalves***