quarta-feira, 24 de setembro de 2008

BORDAR AMPLIA HORIZONTES


Um início tímido: agulha número 7, ponto palestrina. Ah, e
um bastidor, pequeno, modesto. Mas, antes de colocar a mão
na massa, conversávamos um pouco sobre nós, nossas vidas,
nosso dia-a-dia, as dificuldades...

Era preciso tranquilizar-se, esquecer os problemas, aquietar
a mente, silenciar, viver o agora. Só então era possível
começar a meditar, ou melhor, bordar. Rotina de uma aventura
prazerozamente vivida,

Aos poucos íamos nos lembrando do ponto atrás, do ponto
sombra, do ponto haste, do ponto, do ponto... Tínhamos
que subir a montanha mágica da liberdade, ampliar nossos
horizontes. A cada encontro os movimentos com a agulha
e a linha íam se tornando mais complexos, mais desafiadores.

Conhecíamos novas agulhas, novos fios. Agulhas de 15 cm,
agulhas curvas, agulhas de sapateiro, de tapeceiro, agulhas
de 30 cm. Uma loucura! E os fios!!! Imagináveis!
Todos importados dos mais diversos armarinhos da cidade e
principalmente da Rua 25 de março.
Havia um feirão de trocas durante os encontros.

Mas, o grande desafio, o desafio da criação, foi o de
trabalhar usando linhas, fios, cordões, tira de pano, tudo
que fosse possível passar pela agulha. Abriu-se um leque
de possibilidades. Era hora de trabalhar sem riscar
previamente, soltar-se. O resultado, mágico - novas
portas, novos horizontes.

http:\\www.patchwork.com.br\xm02.asp

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